As empanadas chilenas
Empanada chilena: o alimento que faz parte da história do povo chileno!
Não há dúvidas de que o inverno seja uma dessas estações onde nosso corpo pede todo o amor de uma saborosa e suculenta comida, como se tratasse de nos convencer de que, subindo alguns quilos, teremos uma proteção natural contra o frio circundante. Por sermos um pouco cúmplices destes pedidos do nosso organismo é que nós nos transformamos em adoradores e entusiasmados degustadores das empanadas chilenas, um típico prato nacional, e, por isso, decidimos responder a algumas perguntas sobre a sua origem, além de apresentá-la a vocês. Está aqui é a senhora Empanada Chilena.

Não há um título melhor para ela. Rainha indiscutida na mesa familiar aos Domingos, dona de comemorações, brindes, testemunha de gerações do amassado e cozido nos fornos de barro, esta senhora simples, mas generosa, tem sido protagonista inamovível da nossa forma de comer, da nossa forma de comemorar que somos chilenos.
Feita de uma fina massa de pão ou de “hojaldre”, a empanada chilena pode ser recheada com diferentes ingredientes, sendo o mais clássico o de carne cortada com cebola, também chamado de pino, para logo ser frita ou cozida ao forno, sua preparação mais habitual.
Originalmente, dizem que pode ter sido levada até a Espanha pelos Moros, alguns séculos antes da conquista da América, sendo os mesmos Espanhóis os que a internariam neste território. Uma vez aqui, adquire muitas vidas e denominações, mas somente nestas terras é preparada com a mistura de carne e cebola.
Contam os historiadores que Inês de Suarez, combatente, amante e companheira de luta do nosso fundador Pedro de Valdivia, haveria sido a primeira mulher neste território em amassar seus ingredientes e adaptando para nossa tradição culinária, usando a empanada chilena para alimentar as suas famintas tropas.

Nós dizemos que a empanada chilena deve ser suculenta ou “caldúa” e que somente está boa se no momento de morder o suco chega até o cotovelo, como gritam a toda voz os cantores populares, sempre acompanhada de uma boa taça de vinho tinto. Onde tem empanada chilena tem cueca*, e haverá território, haverá cordilheira. Porque não temos dúvida: alguns alimentos são bandeiras, são hinos, são nossa história servida na mesa uma e outra vez.
Nós gostamos das Empanadas chilenas da Padaria Castaño, de qualquer uma das filiais, mas aqui você tem um ranking com as 12 melhores da cidade de acordo ao jornal El Mercurio
*Cueca: Dança folclórica típica Chilena.

3) Compre um livro de Neruda em seu idioma original, em sua própria terra e mergulhe nos costumes chilenos através da visão do poeta. Quando fui à Portugal, percorri todas as livrarias da cidade, tentando encontrar “Viagem à Portugal”, de José Saramago. Mais além da minha admiração por ele, entendia que a tradução em si sempre implica uma perda e, além disso, a melhor homenagem que eu poderia fazer à minha viagem à Portugal, era honrar um de seus memoráveis filhos. O mesmo acontece com o Chile e Pablo Neruda. O poeta do povo é uma chama acesa nos corações de todos aqueles que amam a liberdade da nossa terra e em si mesmo é pura identidade. Recomendo sua obra de caráter autobiográfico, “Confieso que he vivido”. Como o português e o espanhol são línguas irmãs, são facilmente compreendidas, além da possibilidade de aprender novas palavras que podem ser úteis neste novo país.